Todos os anos, mais de 30 mil brasileiros são diagnosticados com câncer de pulmão. Apesar de ser uma das neoplasias mais frequentes, ainda há muito desconhecimento sobre ela, fazendo com que boa parte dos diagnósticos ocorra apenas em estágios avançados.
Pensando em esclarecer alguns aspectos importantes, de forma a conscientizar homens e mulheres, é que preparei este conteúdo. Acompanhe e saiba mais sobre esses tumores.
O câncer primário de pulmão consiste nos tumores que se originam das células pulmonares, as quais passam a se multiplicar de forma desordenada e descontrolada.
Ele pode surgir nas vias respiratórias que se ramificam da traqueia para abastecer os pulmões de ar (brônquios) ou nos pequenos sacos de ar do pulmão (alvéolos).
Já o câncer metastático é aquele que se disseminou para o pulmão a partir de outras regiões do corpo. As mais comuns são mama, cólon, próstata, rins, estômago, colo do útero, reto, ossos e pele.
Apesar de a grande maioria dos diagnósticos (cerca de 85% deles) estar relacionada ao tabagismo, não são apenas fumantes que podem ter câncer de pulmão. Inclusive, essa é uma crença que precisa ser esclarecida. Além do cigarro, há outros fatores de risco. São eles:
– fumo passivo (ou seja, morar com alguém que fume dentro de casa);
– histórico familiar em parentes de primeiro grau;
– presença de síndromes genéticas, como a Li-Fraumeni;
– exposição a substâncias como radônio, arsênico, cromo, níquel, fuligem e amianto;
– exposição prolongada à fogão à lenha;
– radioterapia anterior na região do tórax;
– poluição do ar – inclusive foi publicado em 2022, no congresso Europeu de Oncologia (ESMO), uma associação muito importante entre poluição e câncer de pulmão em pacientes não-fumantes.
Assim como diversos tipos de neoplasias, o câncer de pulmão não costuma apresentar sintomas em suas fases iniciais. Porém, quando passa a avançar, os principais são:
– tosse seca, com expectoração de muco ou de sangue;
– dor no peito (região do tórax);
– rouquidão;
– perda de apetite;
– perda de peso sem explicação;
– falta de ar;
– chiado no peito (sibilo);
– fadiga;
– infecções pulmonares de repetição.
A principal forma de prevenir a doença é não se expor ao principal fator de risco, que é o consumo de tabaco, seja na forma de cigarro, cachimbo, charuto, narguilé ou cigarro eletrônico.
Também é recomendável manter uma dieta saudável, praticar atividades físicas e evitar a exposição às substâncias da indústria citadas acima.
Além disso, é indicado que pessoas com idade entre 50 e 80 anos, fumantes ou ex-fumantes (há menos de 15 anos) com carga tabágica acima de 20 anos-maço (ou seja, que fumaram pelo menos 1 maço ao dia por pelo menos 20 anos), façam exames de rastreamento periódicos, com tomografia de baixa dose, anualmente, segundo a orientação do médico.
Cuide da sua saúde e não deixe para depois, tanto os check-ups de rotina quanto as consultas na ocorrência de sintomas.
Gostou do conteúdo? Então continue acompanhando o blog, pois em breve trarei mais informações a respeito do câncer de pulmão!