Quando um paciente é diagnosticado com câncer de pulmão, uma das condutas mais importantes, além de descobrir a extensão da doença por meio de exames, é saber qual o seu subtipo.
Isso porque, assim como outros tipos de neoplasias, os tumores pulmonares não são todos iguais, o que requer protocolos de tratamento diferenciadas. Neste conteúdo pontuo cada um deles, bem como a forma pela qual é feito o diagnóstico. Confira.
De modo geral, o câncer de pulmão é classificado em dois grupos, sendo os carcinomas de células pequenas e os carcinomas de células não-pequenas. As características de cada um deles são:
Corresponde entre 10% a 15% de todos os casos. Trata-se de um carcinoma neuroendócrino pouco diferenciado com alto grau de proliferação celular, ou seja, evolui rapidamente. Também é conhecido como “oat cell” carcinoma devido ao aspecto de suas células ao microscópio.
Esse subtipo acomete quase que exclusivamente fumantes. Infelizmente, na maior parte dos casos, o diagnóstico é feito quando a doença já se encontra em estágios avançados, em função da agressividade e ausência de sintomas iniciais.
O carcinoma células não-pequenas é dividido em subcategorias. São elas:
O diagnóstico combina exame clínico, história do paciente e exames de imagem. Podemos começar a investigação por meio de procedimentos simples, como a radiografia de tórax, a tomografia computadorizada e a análise da secreção pulmonar, que já podem revelar alterações sugestivas.
Porém, a confirmação de que se trata realmente de um câncer de pulmão é feita apenas pela realização de uma biópsia, ou seja, a retirada de fragmentos da lesão para análise de um patologista.
Normalmente, ela é feita por meio da broncoscopia, um tipo de endoscopia pulmonar, na qual uma sonda com fibra óptica, introduzida pela cavidade nasal, possibilita a visualização local e a coleta de amostras de áreas suspeitas.
Também é possível coletar os fragmentos pela aspiração por agulha na parede do tórax. Neste caso, costumamos fazer guiada pela imagem da tomografia. Eventualmente pode ser feita pela retirada do líquido pleural por punção.
Quando a neoplasia é confirmada, o paciente realiza o chamado estadiamento, que consiste na realização de exames para avaliar a disseminação local e à distância, ou seja, a presença, ou não, de metástases para outros órgãos.
Preferencialmente, nesta etapa, solicitamos o exame conhecido como PET-CT, que consegue avaliar o corpo inteiro por meio de injeção de substâncias que emitem radiação. Este exame é fundamental nesta fase, e está disponível inclusive para pacientes do SUS.
Para complementar, usamos a ressonância magnética de crânio para avaliação do cérebro, que é um local comum de metástases.
Outros sítios comuns de disseminação são: linfonodos, ossos, glândulas suprarrenais e fígado. A partir dessas informações, se estabelece o melhor plano de tratamento.
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