Setembro em Flor: a importância da prevenção e do diagnóstico precoce dos tumores ginecológicos

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25 de agosto de 2025

O Setembro em Flor é uma campanha que busca chamar a atenção das mulheres para a importância da prevenção e do diagnóstico precoce dos cânceres ginecológicos — aqueles que afetam o colo do útero, o endométrio, os ovários, a vagina e a vulva.

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o Brasil deve registrar mais de 700 mil novos casos de câncer até 2025. Desses, mais de 32 mil serão tumores ginecológicos, representando cerca de 13% de todos os casos em mulheres (excluindo o câncer de pele não melanoma).

Apesar dos números, há uma boa notícia: quando descobertos no início, esses tumores têm grandes chances de tratamento bem-sucedido. Por isso, cuidar da saúde íntima e manter a rotina de consultas é fundamental.

Principais tipos de tumores ginecológicos

Os tumores ginecológicos podem atingir diferentes órgãos do sistema reprodutor feminino e, embora apresentem características próprias, todos têm algo em comum: quanto mais cedo forem diagnosticados, maiores são as chances de tratamento eficaz e cura.

Conheça os principais tipos:

Câncer do colo do útero

É um dos mais frequentes no Brasil e está fortemente associado à infecção persistente pelo papilomavírus humano (HPV).

A boa notícia é que ele pode ser prevenido por meio da vacinação contra o HPV e do rastreamento com o exame preventivo (Papanicolau). O diagnóstico precoce permite tratamentos menos invasivos e com melhores resultados.

Câncer de endométrio

Também conhecido como câncer do corpo do útero, costuma surgir em mulheres após a menopausa.

O sintoma mais comum é o sangramento vaginal anormal. A investigação precoce de alterações menstruais e sangramentos inesperados é essencial para garantir um tratamento eficaz.

Câncer de ovário

É um dos tumores ginecológicos mais difíceis de serem diagnosticados em fases iniciais, pois seus sintomas (inchaço abdominal, dor pélvica, alterações urinárias ou intestinais) só aparecem quando a doença está mais avançada, e podem ser confundidos com outras condições. Além disso, ainda não existem exames específicos de rastreamento.

A atenção a sinais persistentes e consultas regulares ao ginecologista são fundamentais para não atrasar o diagnóstico.

Câncer de vagina

Mais raro, está frequentemente relacionado à infecção pelo HPV. Pode se manifestar por sangramento fora do período menstrual, dor ou presença de nódulos. O acompanhamento ginecológico é essencial para detecção e tratamento.

Câncer de vulva

Apesar de também ser menos comum, merece atenção. Os sintomas iniciais costumam ser coceira persistente, dor, manchas ou feridas na região vulvar que não cicatrizam. Quanto antes for investigado, maiores as chances de cura.

A importância do diagnóstico precoce

Detectar alterações em estágios iniciais pode significar a diferença entre tratamentos menos agressivos e maiores taxas de cura.

Consultas ginecológicas regulares, exames preventivos e atenção aos sinais do corpo são pilares essenciais para identificar precocemente qualquer anormalidade.

Como se prevenir

Quando falamos em câncer ginecológico, a prevenção é uma das ferramentas mais poderosas. Confira as ações mais importantes:

  • Vacina contra o HPV – é uma das principais formas de prevenção do câncer do colo do útero, de vagina, vulva e de orofaringe. Meninas e meninos de 9 a 14 anos podem se vacinar gratuitamente pelo SUS, além de pessoas que vivem com HIV/aids, transplantados e pacientes oncológicos. Para o público em geral, a vacina está disponível na rede privada e pode ser feita até os 45 anos de idade, caso ainda não tenha recebido as doses;
  • Exame preventivo (Papanicolau): detecta alterações nas células do colo do útero antes de virar câncer. Deve ser realizado anualmente em mulheres que já iniciaram a vida sexual, pelo seu ginecologista, ou na sua unidade básica de saúde;
  • Uso de preservativos: o preservativo masculino ou feminino ajuda a reduzir o risco de contágio pelo HPV e outras infecções sexualmente transmissíveis. Apesar de não oferecer proteção total contra o HPV, já que o vírus pode estar em áreas não cobertas pelo preservativo, ele continua sendo um importante aliado na prevenção.
  • Rotina de consultas ginecológicas: mesmo sem sintomas, é fundamental para avaliação clínica e solicitação de exames quando necessário;
  • Hábitos saudáveis: manter alimentação equilibrada, praticar atividade física, evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool ajudam na prevenção. O controle de sobrepeso tem impacto significativo, principalmente na redução de risco de câncer de endométrio.
  • Atenção aos sinais do corpo: procurar o ginecologista diante de sangramentos anormais, dor pélvica persistente ou qualquer alteração fora do habitual.

O Setembro em Flor é mais do que uma campanha: é um convite para que todas as mulheres cuidem da sua saúde de forma preventiva.

Falar sobre os tumores ginecológicos é quebrar tabus, salvar vidas e reforçar que, quando diagnosticado precocemente, o câncer pode ser tratado com grandes chances de sucesso.

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