Nos últimos anos, os meses de agosto vêm ganhando a cor branca para conscientizar homens e mulheres sobre o câncer de pulmão. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), para cada ano do triênio de 2023 até 2025, devem surgir aproximadamente 32.560 mil novos casos dessa que é uma das neoplasias mais comuns e letais.
Em contrapartida, o número de diagnósticos poderia ser reduzido se o tabagismo entre a população também diminuísse, já que este hábito nocivo é responsável por cerca de 85% dos casos.
Para esclarecer melhor este assunto e fazer parte desta iniciativa, no conteúdo de hoje eu trago mais informações sobre o assunto. Acompanhe e fique por dentro.
Quando se fala em tabagismo, normalmente o que vem à mente são os cigarros convencionais. De fato, as mais de 4.700 substâncias tóxicas presentes, incluindo nicotina, alcatrão, monóxido de carbono, solventes e metais pesados, são responsáveis por promover mutações celulares nos pulmões, as quais podem levar à formação de tumores.
Porém, outros produtos, como os cigarros eletrônicos (infelizmente ainda considerados inofensivos por muita gente), narguilé, cachimbo e charuto são tão prejudiciais quanto, pelo mesmo motivo. Ou seja, não adianta substituir, sendo ideal parar ou nem começar com qualquer um deles.
Aqueles que convivem com quem é tabagista também correm mais riscos. Um dos estudos que confirmam essa informação se chama “Câncer de Pulmão: Efeitos da Inalação Passiva dos Compostos Químicos do Cigarro”.
Ele foi realizado por meio de pesquisa bibliográfica de artigos científicos e publicado na revista Saúde e Ciência Online. Para se ter ideia, entre casais, por exemplo, houve um aumento de 24% na incidência na doença entre os fumantes passivos.
Vale ressaltar que, quanto maior o número de cigarros fumados no mesmo ambiente, maior é o risco para quem é exposto indiretamente.
Portanto, esse é mais um motivo para abandonar o hábito. Além de prejudicarem a si mesmos, os tabagistas podem comprometer a saúde de entes queridos e outras pessoas.
Sim, sabemos que é difícil parar de fumar, sejam os cigarros convencionais ou seus derivados. Por outro lado, força de vontade e busca por tratamentos podem tornar esse objetivo possível.
O Sistema Único de Saúde (SUS), por exemplo, disponibiliza gratuitamente um programa antitabagismo. Ele envolve ações como:
– avaliação individual do tabagista, contendo histórico pessoal e de doenças, grau de dependência e nível de motivação para parar;
– definição de medidas terapêuticas a serem realizadas;
– terapias de grupo;
– prescrição de medicamentos;
– indicação de outros recursos, como adesivos e gomas de mascar com liberação de nicotina, visando o abandono gradual dessa que é a principal substância causadora do vício;
– suporte psicológico e outras estratégias.
Além disso, médicos, como os pneumologistas, podem fazer o acompanhamento do fumante, incluindo a realização de exames de rastreamento periódicos, sobre os quais falarei em um próximo conteúdo.
Lembrando que ex-fumantes também devem procurar ajuda especializada para verificar a saúde do pulmão, já que, infelizmente, mesmo após anos do abandono do vício, eles ainda correm mais riscos do que a população em geral, dependendo do dano causado aos pulmões.
E lembre-se: quem nunca fumou ou não convive diretamente com tabagistas, também pode ter câncer pulmonar, mesmo quem em menor número.
Agora que você já tem estas informações, que tal conscientizar quem você gosta? Compartilhe o conteúdo em suas redes sociais!