O mês de setembro marca o início da primavera, estação que inspira a campanha Setembro em Flor, criada pelo Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos (EVA) para conscientizar as mulheres sobre os tumores ginecológicos. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), eles atingem mais de 30 mil brasileiras por ano.
Muitos destes números poderiam ser reduzidos, já que neoplasias como o câncer de colo do útero, por exemplo, são preveníveis. Pensando em trazer mais informações a respeito, desenvolvi este conteúdo. Continue a leitura e saiba mais sobre o assunto!
As neoplasias ginecológicas podem acometer qualquer parte do sistema reprodutor feminino, sendo mais comuns, ou mais agressivas, conforme a região. Veja agora quais são elas:
O câncer de colo do útero é um dos mais comuns entre as mulheres, mas também um dos mais preveníveis. Afinal, o principal fator de risco é a infecção pelo papilomavírus humano (HPV), considerado uma doença sexualmente transmissível.
Alguns subtipos do vírus, como o HPV-16 e o HPV-18, quando não são tratados, passam a ter o potencial de malignidade. Em contrapartida, se detectados antes que isso aconteça, é possível realizar o tratamento e, assim, evitar o desenvolvimento de um tumor.
Isso deve ser feito por meio do exame Papanicolau de rotina, já que ele detecta alterações
pré-cancerígenas.
Além disso, a vacina contra o HPV, que deve ser aplicada em meninos e meninas entre 9 e 14 anos de idade, bem como em adultos até os 45 anos que não se imunizaram, é uma importante aliada na prevenção.
Vale citar que o uso do preservativo pode ajudar, apesar de proteger parcialmente, pois a infecção pode se dar pelo contato genital-oral, e não apenas genital-genital.
Já o câncer de ovário, infelizmente, costuma ser diagnosticado em estágios avançados, o que dificulta o tratamento e reduz as chances de cura.
Isso porque, diferente do câncer de colo de útero, por exemplo, não existe um exame de rastreio específico, além de não costumar apresentar sintomas no início.
Os principais fatores de risco para a doença são:
– histórico familiar de câncer de ovário ou mama;
– síndromes genéticas como a BRCA1 e BRCA2;
– sobrepeso e obesidade;
– idade a partir dos 40 anos;
– fatores reprodutivos e hormonais (mulheres que nunca tiveram filhos, tiveram a primeira menstruação precocemente e/ou a menopausa tardia).
É fundamental as mulheres estarem atenta a sinais como dor abdominal, inchaço, mudanças no ciclo menstrual e dificuldade para urinar.
Além disso, consultar regularmente o ginecologista e realizar exames de rotina, que podem apontar alterações suspeitas, são medidas essenciais para a detecção precoce desse tumor.
O câncer de endométrio afeta o revestimento interno do útero e também merece atenção. Mulheres acima dos 50 anos, obesas e com histórico familiar são mais propensas a desenvolver a doença.
É importante ficar atenta a sintomas como sangramento vaginal anormal, dor pélvica e alterações no peso. Novamente, a consulta regular ao ginecologista e a realização de exames são fundamentais para a prevenção e diagnóstico precoce.
Esses são tumores mais raros. O câncer de vulva, normalmente, é marcado pelo crescimento de verrugas, ardência e/ou coceira na região genital, dor ou queimação, sangramento fora do período menstrual e nódulo vermelho, rosa ou branco na vulva.
Já os sinais mais comuns do câncer de vagina são sangramento após relação sexual, dor pélvica ou na vagina e dor ao urinar.
Os fatores de risco são:
– idade avançada;
– infecção por HPV;
– tabagismo;
– múltiplos parceiros sexuais.
Lembre-se de que a prevenção é sempre o melhor caminho. Consulte seu ginecologista, faça seus check-ups e esteja atenta aos sinais que seu corpo pode dar.
Setembro em Flor é um lembrete de que a saúde feminina merece cuidado e atenção o ano todo. Vamos nos unir nessa luta contra os tumores ginecológicos e garantir um futuro mais saudável para todas as mulheres.
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