O termo câncer de cabeça e pescoço se refere a um conjunto de tumores que podem afetar diferentes regiões. Por isso, as formas de se chegar a um diagnóstico e o tratamento variam.
Em função dessas e outras particularidades, é comum as pessoas terem dúvidas sobre o assunto. Pensando em esclarecê-lo melhor, desenvolvi este conteúdo. Confira, a seguir, e fique mais bem informado.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), esses tumores, juntos, são responsáveis por 1,5 milhões de diagnósticos por ano no mundo. Inclusive, se encontram em 6º lugar em incidência.
Outra informação alarmante é que mais de 75% dos casos são detectados quando a doença se encontra avançada. Por isso, é importante ter conhecimento e procurar um médico no caso de alterações nas diferentes regiões que podem ser acometidas. As mais comuns são:
Esses tumores podem se desenvolver nos lábios, gengivas, bochechas, palato (céu da), boca ou na língua. Entre os sinais estão lesões que não cicatrizam, sangramentos e manchas vermelhas ou esbranquiçadas.
Entre os principais fatores de risco estão o etilismo e o tabagismo.
O câncer de laringe, que pode afetar a supraglote, glote e subglote, é mais comum em homens a partir de 40 anos.
Boa parte das lesões são detectadas inicialmente nas cordas vocais, podendo desencadear sintomas como dor de garganta, rouquidão e dificuldade de engolir.
Entre os principais fatores de risco estão o etilismo e o tabagismo
Mais conhecido como câncer de garganta, pode acometer a base da língua, as paredes da faringe, as tonsilas e o palato mole (embaixo da língua).
Normalmente, os sintomas incluem dor e dificuldade ao engolir, presença de nódulos (caroços), até dores de ouvido de repetição.
Entre os principais fatores de risco estão o etilismo e o tabagismo, porém vêm aumentando os casos relacionados ao HPV, que é uma doença sexualmente transmissível e pode ser evitada com uso de preservativo e vacinas que estão disponíveis no calendário do SUS para adolescentes de 12-16 anos.
Caracterizado pela formação de nódulos na glândula, atinge três vezes mais mulheres do que homens. Além disso, outro fator de risco é a obesidade.
Os sintomas só costumam aparecer quando a neoplasia está avançada. Porém, casos suspeitos podem ser identificados pela presença de caroços (nódulos).
São tumores de crescimento lento, em sua maioria, de bom prognóstico, com altas chances de cura.
Nem todas as manifestações do câncer de pele estão incluídas como tipos de câncer de cabeça e pescoço. Ao contrário, estão englobados apenas os tumores que afetam a pele do rosto, do pescoço e do couro cabeludo.
Entre os principais sintomas estão pintas que mudam de tamanho, coloração e formato, bem como pintas que coçam e sangram. Além disso, é preciso ficar atento para feridas que não cicatrizam, e crescem.
Normalmente, o paciente chega com uma queixa sobre sintomas, o que leva à avaliação clínica e indicação de exames em caso de suspeita. Ou, ainda, durante um check-up de rotina, é descoberta alguma alteração, para a qual é necessária uma investigação mais aprofundada.
Há vários tipos de exames que podem ser indicados, desde os de imagem, como ultrassonografia, tomografia e ressonância magnética, até os laboratoriais (de sangue) e biópsia. Esse, inclusive, é o único procedimento capaz de confirmar a presença de tumores malignos. Pode ser realizada por meio de agulhas, endoscopia ou cirurgia.
Após termos a certeza de que se trata de um câncer, é necessário fazer o chamado estadiamento, ou seja, avaliar a extensão da doença (se está localizada ou já avançou para outras regiões do corpo), e outros pormenores.
O objetivo é traçar a melhor estratégia de tratamento para cada paciente. Os protocolos diferem conforme a fase da neoplasia, região afetada, subtipo do tumor e condições gerais de saúde do paciente, por exemplo.
Agora que você já sabe mais sobre o câncer de cabeça e pescoço, é importante manter-se vigilante aos fatores de risco e manter bons hábitos, como não fumar, evitar o álcool, ter uma dieta adequada e praticar atividades físicas.
Além disso, é fundamental fazer consultas regulares para exames preventivos e, sempre que houver algum sinal suspeito, procurar um médico.
Se este conteúdo foi útil para você, confira agora o artigo que aborda as formas de prevenção destes tumores!