Rastreamento do câncer de pulmão para tabagistas: saiba do que se trata e porque ele é tão importante

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Apesar de o câncer de pulmão ser responsável por cerca de 20% dos casos de neoplasias (o que já é um número considerável), é o que tem uma das maiores taxas de mortalidade, sendo a terceira causa de morte por câncer em homens e quarta em mulheres.

Em contrapartida, quando detectado precocemente, é possível ter um bom prognóstico em relação às possibilidades de cura.

Como a grande maioria dos diagnósticos da doença, aproximadamente 85%, se dá em fumantes, nos últimos anos, as pesquisas sobre o assunto foram intensificadas, mostrando o potencial do rastreamento para o diagnóstico precoce.

Acompanhe o conteúdo e entenda melhor do que se trata e quem deve iniciar este acompanhamento.

Por que o rastreamento do câncer de pulmão é importante?

Na maioria das vezes, os tumores do pulmão não apresentam nenhum sintoma nas fases iniciais, ou eles podem ser confundidos com outras doenças, como pneumonia e bronquite, por exemplo.

Por este motivo, aguardar a presença de sinais para se ter o diagnóstico leva à descoberta do câncer em fases avançadas e, consequentemente, com menores chances de cura.

Nesse cenário, o rastreamento do câncer de pulmão é importante para diagnosticar a doença em pessoas considerados de alto risco e ainda assintomáticas.

Quem deve procurar um médico para começar o rastreio?

Fumantes ou pessoas que pararam de fumar há menos de 15 anos, têm entre 50 e 80 anos de idade e um histórico de mais de 20 “anos-maço” (ou seja, ter fumado pelo menos 1 maço ao dia por pelo menos 20 anos), devem fazer anualmente uma tomografia computadorizada de tórax de baixa radiação.

Vale frisar que o raio-x não é indicado para rastreio, pois tem baixa acurácia para identificar lesões iniciais, ou seja, não descarta um câncer inicial.

O que acontece se, a partir do exame, aparecer alguma alteração suspeita?

Caso no laudo da tomografia se apresentem alterações suspeitas, a conduta médica é dar seguimento com outros exames.

Lembrando que o único capaz de confirmar a presença de um câncer de pulmão é a biópsia, pois fragmentos das lesões são retiradas e estudadas por patologistas.

Além de trazer o resultado correto sobre ser ou não um tumor maligno, é possível saber o subtipo do tumor, favorecendo a indicação dos melhores tratamentos.

Parar de fumar é sempre a melhor opção!

Muitos fumantes acham que parar de fumar após ter tido o hábito por anos não adianta, pois os danos já foram feitos. Porém, assim que o organismo para de receber as mais de 4000 substâncias tóxicas do cigarro (ressaltando que todas as formas de tabaco são prejudiciais), os órgãos e outras estruturas começam a funcionar melhor, como é o caso do pulmão. Além disto, a medida que vai passando o tempo “sem cigarro”, o risco de câncer vai diminuindo significativamente, até chegar próximo a população que nunca fumou.

Por isso, sempre é tempo de cuidar melhor da saúde e evitar doenças, incluindo várias outras neoplasias.

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