Novembro Azul: mês de conscientização sobre o câncer de próstata

O câncer de próstata é o tipo mais comum entre os homens, excluindo o câncer de pele não melanoma. E, apesar de ser tão frequente, ainda é uma doença cercada por tabus, especialmente quando o assunto é prevenção.

É por essa e outras razões que o Novembro Azul existe: para lembrar que o rastreamento e o diagnóstico precoce são fundamentais e salvam vidas.

Quando o câncer de próstata é detectado no início, os tratamentos tendem a ser menos agressivos, e as taxas de cura podem ultrapassar 90%.

Por que falarmos sobre isso?

Você sabia que cerca de 1 em cada 9 homens será diagnosticado com câncer de próstata ao longo da vida?

Esse número alto reforça a importância do cuidado regular, principalmente a partir dos 50 anos (ou 45 anos para quem possui fatores de risco).

Apesar de todos os avanços na Medicina, muitos homens ainda evitam os exames preventivos por medo, constrangimento ou preconceito.

Isso vale principalmente quando o assunto é o toque retal, que ainda é alvo de tabus infundados. É fundamental quebrar essa barreira.

Cuidar da próstata é um ato de responsabilidade, autocuidado e amor à própria vida. Quanto mais natural encararmos esse tema, mais homens terão a chance de diagnosticar cedo e tratar com sucesso.

O que é o câncer de próstata?

A próstata é uma pequena glândula, do tamanho aproximado de uma noz, situada entre a bexiga e o reto. Ela é responsável por produzir parte do sêmen e auxiliar no transporte e nutrição dos espermatozoides.

O câncer de próstata ocorre quando há um crescimento desordenado e anormal das células dessa glândula.

Na maioria dos casos, o tumor cresce lentamente e pode levar anos para causar sintomas. Porém, existem formas mais agressivas, capazes de crescer e se espalhar rapidamente para outros órgãos.

Quem tem maior risco?

Qualquer homem pode desenvolver câncer de próstata, mas alguns fatores aumentam significativamente essa probabilidade:

– idade avançada: o risco cresce conforme o homem vai ficando mais velho, sendo que o maior número de casos ocorre entre aqueles com mais de 50 anos;

– histórico familiar: pai, irmão ou parente próximo com a doença aumenta o risco;

– fatores genéticos: mutações como BRCA1 e BRCA2 também elevam as chances;

– obesidade e excesso de gordura corporal: aumentam a inflamação no organismo e, com isso, a probabilidade para este e outros tipos de neoplasias;

– etnia: homens negros têm maior incidência.

Quais são os sintomas?

Nos estágios iniciais, o câncer de próstata costuma ser silencioso, por isso o rastreamento é tão importante. Mesmo assim, alguns sinais merecem atenção:

– dificuldade para iniciar ou finalizar a micção;

– aumento da frequência urinária, especialmente à noite;

– dor ou ardência ao urinar;

– sangue na urina;

– jato urinário fraco;

Não espere sentir algo para procurar um médico.

Como é feito o rastreamento?

O rastreamento é simples e inclui:

Toque retal

Permite avaliar tamanho, textura e possíveis alterações da próstata.

Exame de PSA

Um exame de sangue que mede o Antígeno Prostático Específico. Para homens sem fatores de risco, recomenda-se iniciar aos 50 anos. Para quem tem histórico familiar ou é negro, iniciar aos 45 anos.

Dependendo dos achados, outros exames podem ser solicitados, como ressonância magnética multiparamétrica ou biópsia para confirmação diagnóstica.

É possível prevenir?

Embora não exista prevenção absoluta, alguns hábitos ajudam a reduzir o risco. Veja quais são eles:

– praticar atividade física regularmente;

– manter o peso saudável;

– alimentação equilibrada, com menos gordura;

– evitar tabagismo e consumo excessivo de álcool;

– realizar exames de rotina anualmente.

O Novembro Azul é mais do que uma campanha: é um convite à reflexão e ao autocuidado. O preconceito ainda impede muitos homens de cuidarem da própria saúde, mas isso precisa ficar no passado.

Se você é homem, pergunte-se: já fez seus exames neste ano?

E se você convive com homens que ama, incentive-os a se cuidar.

Afinal, quando falamos em câncer de próstata, o diagnóstico precoce faz toda a diferença!