O mês de janeiro é verde-piscina para alertar as mulheres sobre o câncer de colo do útero, tipo ginecológico mais corriqueiro e o terceiro tipo de neoplasia mais frequente entre o sexo feminino.
Trata-se de uma doença tão comum quanto simples de evitar. Isso porque o principal fator de risco é a infecção persistente por alguns subtipos do papilomavírus humano (HPV), considerado uma doença sexualmente transmissível.
Vale frisar que, além dos tumores uterinos, o HPV também é capaz de levar ao desenvolvimento neoplasias como as de garganta (orofaringe), ânus, pênis, vulva e vagina.
Dando sequência ao assunto, neste conteúdo eu trago informações importantes para toda mulher sobre prevenção e detecção precoce da doença. Continue a leitura e fique por dentro.
Como citado anteriormente, lesões geradas por certos subtipos de HPV, como o HPV-16 e o HPV-18, quando não tratadas, podem se desenvolver lentamente até se transformarem em um tumor maligno.
Para que você entenda melhor, estimativas apontam que cerca de 80% das mulheres terão algum contato com o vírus ao longo da vida. Porém, na maior parte dos casos, a infecção regride naturalmente.
Por outro lado, em outros casos, a depender do subtipo, do sistema imunológico da mulher e outros fatores, o vírus pode continuar a se desenvolver até levar a mutações celulares, ou seja, ao câncer de colo do útero.
A melhor conduta que uma mulher a partir dos 25 anos com vida sexual ativa pode ter é realizar o exame Papanicolau de rotina. Por meio dele, é possível detectar lesões causadas pelo HPV e tratá-las antes que tenham potencial de se tornarem malignas.
Inclusive, vale ressaltar que o câncer de colo do útero, normalmente, leva entre 10 a 15 anos para se desenvolver, por isso é possível evitar sua ocorrência com exames regulares.
Mas isso depende diretamente do autocuidado das mulheres que inclui, também, o uso de preservativo nas relações sexuais, mesmo que ele proteja apenas parcialmente (o contágio se dá tanto pelo contato genital-genital quanto genital oral).
Além de se prevenir contra esse tipo de neoplasia na fase adulta, outra ação fundamental é vacinar meninos e meninas entre 9 e 14 anos de idade contra o HPV.
Seguir a recomendação de vacinação nessa faixa etária é essencial, para que a imunização ocorra antes do início da vida sexual. Adultos até os 45 anos de idade também podem se vacinar, porém na rede privada.
De um modo geral, quase todos os casos de estão relacionados ao HPV. Porém, existem fatores que aumentam a chance de uma mulher exposta ao vírus desenvolver a doença. São eles:
– início precoce da vida sexual;
– ter múltiplos parceiros sexuais;
– ter parceiro de alto risco, ou seja, que possui múltiplas outras parceiras ou que sabidamente é portador de HPV;
– história pessoal anterior de infecções sexualmente transmissíveis, como clamídia e herpes genital;
– obesidade;
– primeiro parto com menos de 20 anos de idade e multiparidade (três ou mais filhos);
– história prévia de neoplasia intraepitelial cervical (NIC), que é precursora do carcinoma de colo uterino;
– imunossupressão, principalmente devido à infecção pelo HIV.
Em função do desenvolvimento lento e sem maiores impactos iniciais ao organismo, o câncer de colo uterino não costuma apresentar sinais no começo.
Porém, conforme avança, os principais são sangramentos vaginais incomuns, corrimento fétido e dores pélvicas contínuas e/ou durante a relação sexual.
Lembre-se: a melhor escolha é priorizar os check-ups com o ginecologista. Dessa forma, é possível evitar ou tratar essa e outras doenças femininas.
Agora que você já sabe mais sobre o assunto, compartilhe este conteúdo com as mulheres de que você gosta para que também se cuidem!