Conheça os principais efeitos colaterais da quimioterapia para câncer de mama e como amenizá-los

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A quimioterapia é um protocolo muito utilizado e eficaz no tratamento do câncer de mama, desempenhando um papel crucial no combate aos tumores e redução do risco de recidivas.

No entanto, em função da toxicidade das medicações, existem efeitos colaterais comuns, que devem ser conhecidos pelas pacientes, pois, para cada um deles, há formas de controlar ou minimizar. Continue a leitura para saber mais sobre o assunto.

Quais são as principais reações da quimioterapia?

As reações variam de pessoa para pessoa, a depender do tipo específico de quimioterapia, da dosagem e da saúde geral da paciente.

As mais comuns são: fadiga, queda de cabelo, náuseas e vômitos, alterações na pele e unhas, diarreia ou constipação, neuropatia periférica (sensação de formigamento ou fraqueza nas mãos e pés), e diminuição das células sanguíneas, levando a um maior risco de infecções, sangramentos ou hematomas.

Dicas para amenizar os efeitos colaterais

Por mais que não seja possível eliminar completamente os efeitos colaterais, é possível controlá-los, para que a paciente consiga passar pelo tratamento com menos desconforto. Confira algumas dicas importantes:

Gerenciamento da fadiga

Manter um equilíbrio entre descanso e atividades leves pode ajudar a gerenciar a fadiga. Planejar atividades para os momentos do dia em que se sente mais energizada e priorizar uma boa rotina de sono são estratégias-chave.

Queda de cabelo

A perda de cabelo, normalmente, é emocionalmente desafiadora. Usar lenços, perucas ou chapéus pode ajudar a lidar melhor com esse aspecto.

Além disso, em algumas clínicas, é possível encontrar as chamadas touca geladas, que atuam reduzindo em até 80% a queda dos fios, dependendo do protocolo de quimioterapia utilizada.

Náuseas e Vômitos

Pequenas refeições frequentes, em vez de grandes refeições, podem ajudar a manter as náuseas sob controle. Alimentos leves e fáceis de digerir, como torradas e arroz, podem ser mais toleráveis.

Outra dica é investir nos gelados, como sorvetes, açaí e smooths, que auxiliam na redução destes efeitos. Frutas também são boas opções, principalmente as mais ácidas, que podem ser consumidas in natura, ou sucos, como por exemplo, laranja, abacaxi ou limonada. Água com gás, por ser mais ácida, também é melhor tolerada.

Medicamentos antieméticos, administrados durante a quimioterapia, também são normalmente prescritos por nós, oncologistas. Existem drogas novas muito potentes para prevenção de náuseas que podem e devem ser feitas no momento da infusão da quimioterapia. Converse com seu médico.

Pele

Manter a pele hidratada com cremes suaves (indicados pelo oncologista), evitar banhos muito quentes e demorados, tomar bastante água e não se expor diretamente ao Sol das 10 às 14 horas, são ações importantes para evitar problemas como o ressecamento.

Diarreia ou constipação

Para aliviar a diarreia, um dos problemas gastrointestinais mais comuns durante a quimioterapia, é importante repor sódio e potássio. Pêssego e batata, por exemplo, são ricos nessas substâncias. Além disso, é importante comer alimentos com poucas fibras, como arroz branco, torradas, pão branco e legumes cozidos.

Episódios mais severos de diarreia devem ser imediatamente reportados ao seu médico para que seja prescrito tratamento adequado.

Já quando o intestino fica preso, algumas ações importantes são beber bastante água, aumentar a ingestão de fibras (presentes em frutas, vegetais e grãos), e utilizar medicamentos, desde que prescritos pelo oncologista.

Neuropatia Periférica

Realizar exercícios leves e de alongamento pode aliviar alguns sintomas da neuropatia. É importante comunicar ao médico quaisquer alterações na sensação para ajustar o tratamento conforme necessário.

Prevenção de infecções

Práticas de higiene rigorosas, como lavar as mãos frequentemente, higienizar bem os alimentos, evitar multidões ou pessoas doentes, podem ajudar a reduzir o risco de infecções.

Enfrentar os efeitos colaterais da quimioterapia pode ser um dos aspectos mais desafiadores do tratamento do câncer de mama. No entanto, com estratégias adequadas de manejo e uma comunicação aberta com a equipe de cuidados, é possível tornar essas reações mais gerenciáveis.

Lembre-se de que cada paciente responde ao tratamento de maneira diferente e o importante é encontrar o que funciona melhor para cada caso.

Nunca hesite em buscar suporte e discutir suas preocupações com seu médico, pois ele está ali para ajudar nesse processo.

Se você gostou do conteúdo, confira o artigo que fala sobre os médicos envolvidos no tratamento do câncer de mama!