Câncer mama: conheça os tipos da doença

Mucosite: o que é e como amenizar esse efeito colateral comum durante o tratamento do câncer
29 de maio de 2023
Síndromes genéticas e câncer de mama: entenda essa relação
29 de junho de 2023

O câncer de mama é o mais comum entre as mulheres, sem contar o câncer de pele não melanoma. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), mais de 66 mil casos são registrados todos os anos.

Ao contrário do que alguns possam pensar, essa não é uma doença única. Existem vários tipos de tumores, para os quais são indicados diferentes protocolos de tratamentos.

Pensando em esclarecer o assunto, de forma com que mais mulheres fiquem informadas, desenvolvi este conteúdo. Confira e entenda melhor sobre este assunto.

Importância da classificação do câncer de mama para a conduta médica

Antes de estabelecer o tratamento oncológico para cada paciente, é necessário que todo tumor seja estudado individualmente.

Isso inclui biópsia, exames de imuno-histoquímica e estadiamento da doença por meio de exames (visando conhecer a sua extensão), além de informações como histórico familiar e mutações genéticas.

Estes exames possibilitam individualizar o tratamento e lançar mão de terapias-alvo mais eficazes .

Tipos de câncer de mama

A principal classificação do câncer de mama é feita pela imunohistoquímica da biópsia. Essa define a presença, nas células do tumor, de proteínas chamadas receptores hormonais (estrogênio e/ou progesterona) e de proteína HER2 em grande quantidade. Os subtipos conhecidos são:

– luminais: os tumores luminais (A e B) se caracterizam pela superexpressão de receptores hormonais (estrógeno e/ou progesterona). O luminal A normalmente possui crescimento mais lento, ao contrário do luminal B, que geralmente cresce rapidamente;

– HER2, tumor que não apresenta receptores hormonais, mas têm a expressão da proteína HER2;

– triplo negativo, considerado como o subtipo mais agressivo, não é receptor hormonal e nem possui a expressão da proteína HER2. A doença atinge comumente mulheres mais jovens e com síndromes genéticas, como a BRCA1 e BRCA2.

Cada um deles requer uma abordagem diferente, que pode envolver além da quimioterapia, a hormonioterapia para tumores luminais, a terapia-alvo para tumores HER 2 “positivos”, e imunoterapia para tumores triplo negativos.

A presença ou não de alterações genéticas também, além de influenciar na escolha do tratamento, muda também o tipo de cirurgia a ser realizada.

Inclusive, as mutações nos genes que elevam os riscos para o câncer de mama serão o tema do próximo conteúdo. Continue acompanhando o blog e fique por dentro!